Congresso Brasileiro de Psicopedagogia 2025 debate aprendizagens frente às mudanças do mundo

Entre os dias 10 e 12 de julho de 2025, aconteceu em São Paulo o XIII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, simultaneamente ao VII Simpósio Internacional da ABPp. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), é um dos mais importantes do país na área e reuniu centenas de profissionais, pesquisadores e estudantes de todo o Brasil — além de convidados internacionais.

Com o tema “Psicopedagogia: aprendizagens frente às mudanças do mundo”, o congresso propôs reflexões sobre os desafios da prática psicopedagógica em tempos de transformações sociais, tecnológicas, emocionais e educacionais.

Temas centrais debatidos

Durante os três dias de evento, diversas mesas-redondas, conferências, minicursos e apresentações de trabalhos científicos abordaram temas como:

  • Neurodiversidade e inclusão educacional;
  • Impactos da inteligência artificial na aprendizagem;
  • Práticas psicopedagógicas em contextos de vulnerabilidade social;
  • Novas abordagens na avaliação e intervenção psicopedagógica;
  • A psicopedagogia diante do luto, da ansiedade e dos transtornos emocionais na infância e adolescência;
  • Interdisciplinaridade e ética na atuação psicopedagógica.

O tom das discussões foi, em muitos momentos, crítico e construtivo: reconhecendo as limitações da formação atual, a sobrecarga de profissionais nas redes públicas e a necessidade urgente de práticas mais atualizadas, colaborativas e centradas no sujeito.

O que profissionais levaram na bagagem?

Quem participou do evento saiu com um conjunto valioso de insights, ferramentas e provocações para repensar a prática. Entre os principais aprendizados:

1. A psicopedagogia precisa dialogar com as transformações tecnológicas

Mas sem perder o foco humanizador. Ferramentas digitais, IA e plataformas inteligentes podem apoiar o trabalho — desde que não substituam o vínculo e a escuta.

2. Inclusão real exige muito mais que matrícula

É necessário investir em formação continuada, políticas públicas eficazes e trabalho em rede. O psicopedagogo é peça-chave na articulação entre escola, família e saúde.

3. Aprender é um processo subjetivo

Cada sujeito constrói seu próprio percurso de aprendizagem. Por isso, avaliar é compreender, e não apenas medir. A escuta ativa continua sendo o maior instrumento da psicopedagogia.

Destaques internacionais e intercâmbio de saberes

O simpósio internacional contou com a presença de pesquisadores da Argentina, Chile, Portugal, França e Canadá, que trouxeram experiências sobre:

  • Práticas integradas de psicopedagogia clínica e institucional;
  • A formação da identidade profissional em diferentes sistemas educacionais;
  • A influência da cultura e do território nos processos de aprendizagem.

Esse intercâmbio fortaleceu o entendimento de que a psicopedagogia é uma ciência viva, que se adapta às demandas de cada contexto — mas que compartilha, em todo lugar, a mesma missão: cuidar da aprendizagem com ética e sensibilidade.

Participação de novos profissionais e premiação científica

O congresso também valorizou os novos talentos da área, com apresentação de pôsteres e trabalhos acadêmicos de estudantes de pós-graduação, cursos livres e especializações.

As pesquisas premiadas abordaram temas como:

  • Práticas psicopedagógicas com crianças institucionalizadas;
  • A relação entre aprendizagem e ansiedade de desempenho;
  • Avaliação psicopedagógica mediada por tecnologias acessíveis.

Conclusão: o futuro da psicopedagogia é colaborativo, crítico e sensível

O XIII Congresso da ABPp foi mais do que um evento técnico — foi um espaço de reencontro, inspiração e reposicionamento profissional.

Ele deixou claro que, diante das mudanças do mundo, a psicopedagogia tem muito a contribuir — desde que permaneça aberta ao diálogo, à escuta e à atualização constante.

Referência de apoio

Cobertura no Instagram: @abpp.nacional

👉 No próximo artigo da série: veja como o Congresso Aprender Criança 2025 reuniu especialistas de toda a América Latina para debater transtornos do neurodesenvolvimento, educação inclusiva e práticas interdisciplinares.

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